07 abril, 2010

PARABÉNS AOS REAIS DEFENSORES DO POVO

Desde que Gutemberg inventou a prensa, daí o nome Imprensa, o jornalista, seu principal operário, vive dias de lutas e protestos. Seja em nome da liberdade de imprensa – com ética e responsabilidade - seja em nome da classe, quando busca melhores condições de trabalho e remuneração digna.

Após o Golpe de 1964, várias profissões práticas exercidas por profissionais sem o diploma de nível superior, como os rábulas (fazia o papel do advogado), práticos em odontologia e até parteiras foram proibidas. A exigência do diploma de jornalista veio em 1969, por meio de um decreto do então regime militar.

A regulamentação para os profissionais do Direito veio ainda na década de 60. Apesar de o corpo jurista ter suas reivindicações atendidas nessa época e de certa forma, compartilhar os mesmos interesses que a classe jornalista: o de regulamentar suas profissões, um “gênio” do Direito resolve passar uma borracha em toda a história de luta para as profissões com diplomas exigidos pós 64.
Mas ao invés do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, punir a todos, ele escolheu os jornalistas como bode expiatório e decretou, através da votação de nove ministros do Supremo, a não obrigatoriedade da exigência do diploma no exercício da profissão em veículos de comunicação.

Apesar de a data de hoje ser de comemoração, a labuta do jornalista é de protesto. É mais um dia para o real defensor público, sem ser bacharel em Direito. Mas e o diploma? Este não foi preciso para uma classe que detém a confiança das pessoas que, sem pesquisa de opinião, se tornou uma das profissões mais respeitadas do mundo, apesar de alguns profissionais insistirem em manchar a seus representantes quando põem a ética – princípio máximo da categoria - de lado em troca de um punhado de moedas, jantares e influência.

O vídeo abaixo representa um pouco a indignação de futuros profissionais de jornalismo, atualmente recém formados pela Faculdade da Cidade do Salvador. Eles não se deixaram abater pelo acontecido e continuam acreditando que, independentemente do diploma, continuarão jornalistas e militantes em prol da exigência do canudo.

Parabéns a todos os parceiros de profissão!


03 abril, 2010

“FREE LANCER?” É O CACETE! VOCÊ É BISCATE MESMO!


Que mania de gringo essa dos nossos colegas de comunicação que, depois de receber um chute na bunda da empresa a qual era efetivo e fudido, ir aumentar a fila do desemprego por aí, achar de se classificar como “free lancer”, só para amenizar a sua condição de fazedor de biscate; "biscateiro".

Infelizmente, nenhum profissional está livre do processo de enxugamento que vivem as redações e assessorias de comunicação, mas, do fundo do meu mal querer, vibro quando isso acontece com o pró-ativo da empresa; o prestimoso, que acha que se fizer o serviço de três irá o sobreviver a cortes na empresa. Coitado! É um dos primeiros que pulam fora.

Frustrado, e ainda sonhando em ser readmitido, volta de tempos em tempos à firma fingindo ir rever os colegas. Aí vem todo aquele papo de incentivo e consideração pelo companheiro mandado embora por quem ainda não foi despedido:

-Oi fulano, como está? O que anda fazendo? E o novo emprego? Já encaminhado?

Para ficar por cima da “carne seca”, o “chutador de latas” responde:

-É, to com alguns contatos aí, mas não vou querer. Tô de saco cheio disso tudo; bater cartão, entrar e sair no horário estipulado pelo chefe. Agora trabalho pra mim, tô fazendo uns “freelas” aí.

Tomar no c... com esse termos gringos. Para ser mais claro, e poder dar uma iluminada na cabeça sebosa desse povo, essas pessoas acham que fazer biscate é ser free lancer, a exemplo do fotógrafo, esse sim free lancer, Peter Parker, dos quadrinhos da Marvel.

Na condição de Homem-Aranha, alter ego de Parker, ele ganha a vida fazendo fotos de suas ações contra os bandidos. Depois as vende ao “pão duro” do J. Jonah Jameson, editor do Clarim Diário, jornal que na ficção está situado na ilha de Manhattan, em Nova Iorque.

Ao contrário de Parker, o nosso free lancer brasileiro não ganha $ 300 por fotografia, nem por meia dúzia delas. O biscateiro nacional tem mais é que se contentar com R$ 50 reais por dia, e olhe lá se tirar isso.

A saída não é outra: buscar empreender, e com boas idéias, suas e de amigos, com especialidades distintas, abrir uma empresa, o que muito poucos de nós jornalista sabemos fazer.

Mas não ha outra alternativa nesse mercado cada vez mais cruel, competitivo e que valoriza a mão de obra barata, que muitas vezes está associada à mão de obra pouco competente.

É isso ou o candidato à “profissional liberal”, que de liberal só tem o fato de estar liberado de pagar as contas - e por isso vir a ser convidado a fazer parte do clube SPC/Serasa - tome rumo, cate o que ainda lhe resta de FGTS, e corra para a “Ilha do Rato” para garantir sua Ford Pampa, modelo 1989. Quem sabe assim não dá pra ganhar algo melhor fazendo “frete” na frente da feira de São Joaquim, porque tá fácil não...


  

12 novembro, 2009

DIVULGAÇÃO AMBIENTAL PELA IMPRENSA BAIANA É PAUTA DE SEMINÁRIO


Abordar o discurso científico sobre meio ambiente na mídia e a cobertura por parte dos jornalistas e dos divulgadores da ciência, este é o principal objetivo do 1º Seminário de Comunicação Ambiental do Estado da Bahia, que acontecerá no próximo dia 18, na Casa do Comércio, das 8h às 13h. O evento é realizado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA).

Ciência, Mídia e Meio ambiente: os desafios da divulgação científica no século XXI, será o tema da palestra de Simone Bortoliero, graduada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Mestrado e Doutorado em Comunicação Científica e Tecnológica pela UMESP - São Paulo, além do Pós-Doutorado em Mídia e Biocombustíveis pela Unicamp.

Outro tema que será discutido é a Cultura Científica na Internet: notícias de meio ambiente em alguns blogs brasileiros, com a palestrante Cristiane Porto, doutoranda do Programa Multidisciplinar de Cultura e Sociedade da Facom - UFBA e Mestrado em Letras e Lingüística pela UFBA. Além de ser coordenadora do Núcleo de Publicações da Rede de Ensino FTC, editora-chefe da Revista Diálogos & Ciência e professora da Rede.

Míriam Santini de Abreu, graduada em Comunicação Social pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, com especialização em Educação e Meio Ambiente pela Universidade do Estado de Santa Catarina e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente trabalha no Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (SINTRAJUSC), vai abordar o assunto Comunicação Ambiental uma nova tendência de mercado.

O ambientalista e cientista social, com especialização em Gerenciamento de Riscos, por Northwest United University, em Missouri, Henrique Cortez, vai debater sobre As diversas formas de comunicar os temas ambientais. Cortez, também é coordenador do Portal EcoDebate e subeditor da Revista Cidadania & Meio Ambiente.

Este é o primeiro de outros encontros que o IMA e a SEMA pretendem promover para que todos possam discutir um pouco mais sobre Comunicação Ambiental.

As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas.

14 outubro, 2009

SOBRE A PREGUIÇA BAIANA...



*Pesquisa revela que baiano trabalha mais do que sudestinos

"Preguiça baiana" é faceta do racismo. A famosa ‘malemolência’ ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na PUC. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos.

A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de ‘festa eterna’. Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atuam no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. "Quem se diverte é o turista", diz a antropóloga.

O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas, que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatórios contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia. O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.

A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite portuguesa, que considerava os escravos indolentes e preguiçosos, devido às suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão??? ?). Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40.

Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos.
Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando-os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de ‘proteção’ dos seus empregos. Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem.

"Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil", diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz: "A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo."
Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma ideia de lazer permanente. "Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do País, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades."

O maior polo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior polo industrial do Norte e Nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca de 10 anos, será o maior polo industrial na América latina.
Para tirar as conclusões acerca da origem do termo ‘preguiça baiana’, a antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho.

O feriado de Carnaval na Bahia coincide com o do resto do País.
Os recessos de final de ano também. A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o Norte e Nordeste (e não só na Bahia).

Em fevereiro (Carnaval) uma empresa, cuja sede encontra-se no Polo Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada). Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).

Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados "desocupados" (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em todos os estados brasileiros.

A Bahia aparece em 13° lugar. Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não saturado.

O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o Estado e inflando a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos,financeiras e empresas prestadoras de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro setor)."

*Texto modificado retirado da coluna Jânio Lopo do Jornal Tribuna da Bahia em 14/10/2009

28 setembro, 2009

X CONGRESSO BRASILEIRO DE JORNALISMO CIENTÍFICO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É REALIZADO EM BELO HORIZONTE


Pesquisadores baianos são convidados para evento


Os pesquisadores baianos, Cristiane Porto, Danilo Moraes e Wagner Ferreira tiveram um dos seus trabalhos aceito para apresentação no X Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico - Jornalismo Científico e Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC).

O artigo: Políticas de Incentivo à Divulgação Científica no Brasil: Ciência Na Internet e a Cultura Científica, de autoria da doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Cristiane de Magalhães Porto, e participação dos bolsistas de Iniciação Científica pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia - Fapesb, Danilo de Almeida Moraes e Wagner dos Santos Ferreira, será apresentado em Belo Horizonte, entre os dias 14 e 16 de outubro.

Parceria de Sucesso - O trio lançou na sexta-feira (25/09) o livro: Difusão e Cultura Científica: Alguns Recortes, na Biblioteca Central da UFBA, onde reuniu estudantes, professores universitários, jornalistas e poetas, como foi o caso da escritora Malu Freitas: “vale a pena conferir um lançamento como esse, que reúne amantes da literatura, seja ela erudita ou espontânea, como nós poetas”.

Para os interessados em participar do evento, com o envio de novos trabalhos, a ABJC prorrogou as inscrições até 30 de setembro em seu site.

22 setembro, 2009

PESQUISADORA LANÇA LIVRO INÉDITO NA BAHIA SOBRE DIFUSÃO CIENTÍFICA

O livro Difusão e Cultura Científica: Alguns Recortes, organizado pela pesquisadora Cristiane de Magalhães Porto, surge para abordar a temática entre os pesquisadores baianos e poderá ser conferido no próximo dia 25 de setembro, a partir das 19h, na Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Ondina – Salvador.

Cristiane Porto é doutoranda do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da Ufba, além de ser professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).

Para a publicação, Porto conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e a edição da Edufba. O objetivo é oferecer uma discussão mais ampla sobre o tema, possibilitado, com isso, a formação de uma cultura científica no Brasil.

O livro oferecerá aos leitores textos interdisciplinares que abordam a ciência no momento contemporâneo e evolui, ao passo da leitura, para as formas da difusão científica nos diversos campos do conhecimento.

Segundo Cristiane Porto, é importante destacar que Difusão e Cultura Científica é uma obra pioneira na Bahia. “A proposta deste livro busca demonstrar que na Bahia existem pesquisadores preocupados e atuantes no que se refere à cultura e a difusão de ciência no Estado”, esclarece.

Com o prefácio de Wilson Bueno, professor da Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista de São Paulo (Unesp), a obra concilia vertentes teóricas e práticas. “o livro busca identificar, descrever e analisar novas iniciativas como as que caracterizam os blogs de ciência e outros processos de divulgação da ciência e da tecnologia na web”, destaca Bueno.

Fontes:

A Tarde / Comunique-se / JorNow

12 agosto, 2009

A IRONIA EM SEU MELHOR ESTILO

A Pandemia do lucro


Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe suina???
No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária, que
se podia prevenir com um simples mosquiteiro.

Os noticiários, disto nada falam!

No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se
poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.
Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas,
provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.

Os noticiários disto nada falam!

Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves...

...os noticiários mundiais inundaram-se de noticias...

Uma epidemia, a mais perigosa de todas...Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves.
Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas,
em 10 anos...25 mortos por ano.

A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio
milhão contra 25.
Um momento, um momento. Então, por que se armou tanto escândalo com a
gripe das aves?

Porque atrás desses frangos havia um "galo", um galo de crista grande.

A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflu vendeu
milhões de doses aos países asiáticos.

Ainda que o Tamiflu seja de duvidosa eficácia, o governo britânico
comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população.

Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas

farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares
de lucro.

- Antes com os frangos e agora com os porcos.

- Sim, agora começou a psicose da gripe porquina. E todos os
noticiários do mundo só falam disso...

- Já não se fala da crise económica nem dos torturados em Guantánamo...

- Só a gripe porquina, a gripe dos porcos...

- E eu me pergunto-: se atrás dos frangos havia um "galo"... atrás dos
porcos... não haverá um "grande porco"?

A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflu. O
principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem
sinistro, Donald Rumsfeld, secretário da defesa de George Bush,
artífice da guerra contra Iraque...

Os acionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as
mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o
duvidoso Tamiflu.

A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.

Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas
pelos países.

Mas se a gripe porquina é uma pandemia tão terrível como anunciam os
meios de comunicação.

Se a Organização Mundial de Saúde (conduzida pela chinesa Margaret
Chan) se preocupa tanto com esta enfermidade, por que não a declara
como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de
medicamentos genéricos para combatê-la?

Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos
genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa
seria a melhor solução.

Os meios de comunicação naturalmente divulgam o que interessa aos
patrocinadores, não aos ouvintes e leitores.

Texto que circula pela internet assinado como: Dr. Carlos Alberto Morales Paitán, Peru

04 agosto, 2009

O JOGO DO BICHO NA CULTURA POPULAR BRASILEIRA

Wagner Ferreira

Tão popular quanto o carnaval ou futebol, o Jogo do Bicho é tido como contravenção (nem proibido nem incentivado pela lei). Para algumas pessoas é encarado como hobbie, para outras, uma oportunidade de ganhar uma grana extra. Mas apesar da aparente inocência dos apostadores e agenciadores, por trás de toda essa diversão existe a máfia dos caça-níqueis, versões eletrônicas do Jogo do Bicho tradicional, este que teve início com o Barão João Viana Drummond em 1892, com as bênçãos do amigo Dom Pedro II.

De lá pra cá o Jogo do Bicho cresceu e se modernizou, informatizando seus equipamentos e criando ramificações em todo o País. O que antes era encarado pelas autoridades com um “joguinho” sem muitas complicações, hoje passa a ser coibido com veemência pela Polícia Federal.

No ano de 2007 foi deflagrada uma operação simultânea em todo o Brasil, tendo na Bahia casas de bingo fechadas, e caça níqueis apreendidos. Inicialmente as abordagens foram feitas nos principais estabelecimentos de jogos, mas a ação da polícia pode se estender aos pequenos agenciadores que veem nas máquinas uma forma de complementar a renda. É o caso do comerciante Dema Sena, proprietário de um bar no bairro do Uruguai em Salvador há mais de 20 anos, e com a crescente concorrência no ramo de bebidas no local, se viu obrigado a aceitar a proposta dos bicheiros antes da proibição. “Eles chegaram aqui e me ofereceram às máquinas, dizendo que me pagariam 25% das fichas vendidas, na situação que estava não podia resistir, explica seu Dema, que disse já ter obtido um lucro aproximado de R$ 200 por semana.

As atuais ações da PF fez com que esta renda extra fosse ameaçada, depois das apreensões, obrigou o dono de bar a desligar as máquinas até a poeira baixar. “Sabia que não seria punido, mas foi melhor respeitar,” relembra. Atualmente, o comerciante substituiu as máquinas caça-níqueis por fliperamas. Com isso a sua clientela mudou de adultos para adolescentes. “O lucro é bem menor; cada crédito custa R$ 0,30, fico com a metade, tenho ainda que ter o custo da luz e aturar a zoada da “pivetada”, lamenta.


Já seu colega de ofício, que não quis se identificar, possui outro bar na Rua Direta do Uruguai, local bem mais movimentado que o do seu Dema. Ele diz ter recusado uma oferta bem mais tentadora: “O pessoal do Bicho me ofereceu R$ 7mil de luva para que eu retirasse meus três frízeres e as substituíssem pelas máquinas. Eles diziam assumir toda a despesa com eletricista e pedreiro nas adaptações”, relata o comerciante, que assume ter recusado a proposta por ter aderido recentemente à religião evangélica. “Na minha atual condição não ficaria bem apoiar coisas desse tipo em meu estabelecimento”, finaliza.

Entre os jogadores está o marceneiro Delarmando Sanches que vê com naturalidade as interdições das máquinas cáça-níqueis. “Não sou viciado, jogo de vez em quando, mas para quem joga sempre será complicado encarar", diz.

28 julho, 2009

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É TEMA DE PALESTRA EM SALVADOR

O assunto será abordado na Faculdade Visconde de Cairú e contará com a participação do ministro da Cultura Juca Ferreira

Promovido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e desenvolvido pela Diretoria de Estudos Avançados do Meio Ambiente (Deama), o programa Quintas-Feiras Ambientais, em seu 9º ano de execução, acontece no auditório da Faculdade Visconde de Cairú, nos Barris nesta quinta-feira (30) das 08h30 às 12h30 e contará com a participação do ministro da Cultura, Juca Ferreira (palestrante), do secretário Estadual do Planejamento, Walter Pinheiro e do secretário Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção, além do secretário Estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos e a diretora geral do IMA, Beth Wagner.

"Desafios do Desenvolvimento com Sustentabilidade Socioambiental" é o tema da palestra do Ministro Juca Ferreira. O objetivo do evento é promover o conhecimento mediante a troca de informações técnico-científicas e a interação de diversos segmentos, focando a sustentabilidade sócio-ambiental do Estado da Bahia.

Durante o evento também acontecerá o lançamento do livro: Meio Ambiente e Estado Fiscal: “Um diagnóstico” do doutor em Gestão Integrada de Recursos Naturais, Dilson Rosário.

Também estarão presentes no evento o Secretário Estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos e a Diretora Geral do IMA, Beth Wagner.

Os interessados podem efetivar suas incrições enviando seus dados contendo:

NOME, ENDEREÇO, TELEFONE e ÁREA DE ATUAÇÃO para o e-mail: quintas.ambientais@ima.ba.gov.brEste endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. ou pelo
Fax: 3117-1278, obedecendo o limite de vagas disponíveis.

12 junho, 2009

MEMÓRIA DA IMPRENSA BAIANA



Vídeo mostra trajetória do célebre jornalista baiano Jorge Calmon

Wagner Ferreira

No último mês de maio a Faculdade da Cidade do Salvador apresentou o vídeo documentário sobre a vida do lendário jornalista baiano, Jorge Calmon; diretor de Redação do jornal A Tarde por quase 70 anos. O curta de pouco mais de 40 minutos revela um homem lúcido, próximo dos 90 anos, que chefiou a Redação do maior jornal do Norte Nordeste do país desde 1936.

Com essa propriedade, Jorge Calmon foi parte viva da história do Jornalismo baiano do Século XX. O Filme teve a produção, pesquisa e direção do jornalista baiano Roberto “Gaguinho”, que foi fotojornalista de A Tarde, e criador do Jornal da Ilha, na Ilha de Itaparica.

Gaguinho levou seis meses para levantar os dados referentes à vida de Jorge Calmon e da imprensa baiana; reunir imagens de arquivo, além de ter que convencer o modesto jornalista, depois de alguns encontros, da sua importância no cenário da Comunicação Social na Bahia. “Tive umas três ou quatro reuniões com Jorge Calmon para convencê-lo da importância da sua história,” revela Gaguinho.

Com ricos depoimentos de figuras ilustres e emblemáticas do jornalismo baiano, o Vídeo conta com a participação de Samuel Celestino, Jorge Calmon Filho, Agostinho Muniz, Helo Sampaio, entre outros.

O Documentário reúne de forma bastante condensada a história de vida de um dos últimos remanescentes do Jornalismo clássico da Bahia, momento esse que Jorge Calmon presenciou, do Jornalismo Literário, passando pela adoção do lead, até os dias atuais, com a informatização das redações. Motivos de sobra para que, Memória da Imprensa Baiana, seja um material indispensável para estudo de jornalistas e egressos na
profissão.

18 abril, 2009

MOSTRA FOTOGRÁFICA CONTRASTES DA CIDADE

Galeria Pierre Verger exibe as diferenças no cotidiano da Cidade Baixa

Ficam expostas na Galeria Pierre Verger (Fundação Cultural - Barris) até o dia 10 de maio, as imagens que participaram do II Concurso de Fotografias da Faculdade da Cidade do Salvador neste mês de abril.

Nesta edição o tema foi Contrastes da Cidade, que premiou as melhores imagens que retratam diferenças na parte Baixa de Salvador.

A fotografia vencedora foi a da estudante de Jornalismo, Priscila Rodrigues, que levou uma câmera digital pela foto, “A Cidade e Suas Mazelas". A entrada é franca.

1º lugar: "A Cidade e Suas Mazelas" , por Priscila Rodrigues.

2º lugar:"...e Nós Resistimos..." , por Leonardo Rabelo.

3º lugar: "O Sol Nasce para Todos", por Hebert Araújo.

15 janeiro, 2009

JÚLIO VERNE: INFLUENCIADO E INFLUENCIADOR DE CONQUISTADORES


No passado, ser um navegador era poder descobrir novas terra e participar de inúmeras aventuras, e por conseqüência disso, acumular muitas historias para contar. Esses contos, que deixava qualquer garoto com os olhos brilhando, faziam sua mente viajar por países nunca antes explorados.


Em 1839, Júlio Verne, de tanto ouvir histórias de velhos marinheiros às margens do rio Loire, na cidade de Nantes, região francesas da Bretanha, onde nasceu 11 anos antes, se transforma em mais um daqueles garotos sonhadores, e fascinados por novas aventuras. Foge de casa, e embarca em um navio para assim poder desbravar novos horizontes.

A viagem não durou muito, o jovem Júlio Verne teve sua excursão abortada na primeira escala por seu pai, Pierre Verne, no porto de Paimboeuf. Monsieur Verne, um advogado de muito prestígio, sonhava ver seus dois filhos seguindo a carreira de advogado, nunca a de marujo. Ao resgatar Júlio, aplicou-lhe uma inesquecível surra de chicote.

A coça de nada adiantou. Verne não perdeu seu fascínio pelo mar e pelas aventuras.

Sua determinação o levou mais tarde a se tornar o pai da ficção cientifica, resultado de seus inúmeros livros que descreviam diversas engenhocas ainda não conhecidas entre os séculos XVIII e parte do XIX, como helicópteros, submarinos e até a cápsula que levou o homem à Lua, em 1969. Um desses livros tem o título de Vinte Mil Léguas Submarinas, e foi lançado em 1870. O best seller fez com que o renomado oceanógrafo Jacques Cousteau considerasse Verne uma das leituras fundamentais de sua infância, e o agradece por ter-lhe indicado o caminho de explorador dos mares.

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26 dezembro, 2008

NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA

Será que a música é movida pela mistura?


Pastor flautista. Pintura de Sophie Anderson

Que a música é movida pela mistura, todo amante de qualquer gênero sabe. Já que a própria é concebida pela relação influência/ influenciado, durante a composição da mesma. Então taí a resposta.

Se existe influência, existe mistura. Isso porque nenhum artista musical é cem porcento influenciado.
Ele absorve o que mais venha a lhe servir para sua formação musical, e adiciona seu toque próprio, o que deixará sua marca na música que está compondo.

Só deve-se ter cuidado para não transformar um arranjo novo numa loucura de sons, ao risco de ser taxado pelos críticos musicais como um “sem influências”, uma vez que, a grande maioria dos jornalistas especializados em música, sempre busca uma estereotipação para um cantor ou músico emergente.

Por outro lado, isso também pode ser um aliado do músico inovador. Um exemplo é o músico baiano Tom Zé, que com uma mistura de sons desconexos consegue tirar um som aceito pela crítica, o qual é derivado de um sem fim de ritmos, que vai do Samba ao Forró, e até a MPB.

Ou seja, como fez Chacrinha, lá nos anos 80, criando a frase amalgâmica: “Nada se cria, tudo se copia”, a partir da citação de Lavoisier; “Na natureza nada se cria tudo se transforma”, foi à prova de que uma mistura feita a partir de outra boa mistura sempre dá certo.




LP de Tom Zé lançado na década de 70

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15 dezembro, 2008

O ELEITO*

Um eleito possui a inquietude da aprendizagem e do conhecimento como se fosse uma força interior capaz de revelar-lhe a realidade do mundo para criar os elos de uma cadeia de sabedoria que está fora e mais além da humanidade, e que o levará a desvendar o segredo dos sábios. Esse maravilhoso tesouro que ninguém ainda viu, e cujas portas estão fechadas para muitos, só é acessível a quem o procura seguindo os sinais e os caminhos adequados.

*Trecho do livro Grimpow - O Caminho Invisível (Rafael Ábalos)

07 dezembro, 2008

CONSÓRCIO

A melhor saída para quem pensa em comprar um carro zero em tempos de crise



Com crise, ou sem crise econômica, o consórcio é, há mais de 30 anos, uma forma inteligente para quem é bem educado financeiramente e abomina pagar juros só pelo capricho de obter no ato do pagamento as chaves do carro ou da casa.

Sem juros e com taxa de administração, que varia entre 0.11% e 0,34% ao mês, o consórcio é sem dúvida a saída para o comprador menos ansioso, que consegue poupar o necessário para ofertar o lance, ou esperar a contemplação do bem por sorteio, como explica a consultora de vendas da Sanave (Volkswagen) Valdileide dos Santos: “por mês, a média de veículos retirados no consórcio são em torno de quatro; sendo um por sorteio e três por lance. Estes números podem variar, a depender do fundo de caixa do grupo, que poderá liberar mais ou menos contemplações”.


Outra vantagem é que, ao final do plano, o consorciado não terá a frustrante sensação de ter pago o valor de quase dois produtos quando só adquiriu um.
Comparando com o financiamento, forma de parcelamento que a maioria das pessoas confia, pelo fato de ter a garantia imediata do bem no ato da compra, está girando em torno de 1.79% a.m. Um carro com valor aproximado de R$ 30.000, se comprado pelo sistema de financiamento, pode chegar a um valor final de 62.220 em um prazo de 60 meses.


Já esse mesmo automóvel no consórcio ficaria com o mesmo número de meses por aproximadamente R$ 34.000. Essa vantagem é o que faz do consórcio a melhor opção de compra a curto, médio, e longo prazo. “Através do consórcio você pode adquirir o seu bem logo na primeira assembléia, mas para que isso aconteça, é necessário que o cliente faça um planejamento com um profissional de consórcio a fim de que este venha fazer selecionar um grupo que atenda às necessidades daquele cliente”, explica o consultor de Consórcio da Grande Bahia (GM/Chevrolet), Valdson Ferreira.

Já a também consultora Paula Boaventura, vendedora na Baviera (Volkswagen) cita um, entre inúmeros casos de clientes, que entraram no financiamento de um, e depois de dois anos pagando percerbeu que o carro já estava com um índice de desgaste acentuado, com a agravante de ainda estar faltando mais da metade das parcelas à vencer. "Foi uma frustação só. Um rapaz chegou lá na loja dizendo que vai vender o carro mesmo que não consiga tirar o valor já pago, só pra se livrar das parcelas restantes", relata.

Outro caso semelhante, mas com uma depreciação de preço ainda maior, pelo fato do veículo se tratar de um semi-novo (um Chevrolet Celta ano 2003) é o de Alan Sales, que apesar de vendedor, não observou as dicas para poupar dinheiro e se deixou levar pela pressa de ter o carro em mãos. "Rapaz, estou pensando em vender esse carro, já que vejo que vou me dar mal no final. Ele já apresenta problemas e ainda falta cerca da metade das parcelas para quitá-lo," preocupa-se Sales.

Mas para aquele cliente que possui uma necessidade imediata em adquirir o bem, e não dispõe de nenhum valor para ofertar como lance, a opção para ele não é o consórcio, e sim o financiamento, já que o interessado vai poder fazer a retirada imediata do bem o financiando em cem por cento. Vale ressaltar que atualmente o sistema de consórcio representa 30% de todo o faturamento de veículos no mercado nacional.

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26 novembro, 2008

O VERDADEIRO OLHAR ATRAVÉS DA JANELA

“Que as forças cegas se domem pela visão que a alma tem!”
Fernando Pessoa





Wagner Ferreira


O documentário “A Janela da Alma”, lançado em 2002, e dirigido por João Jardim e Walter Carvalho, acerta em cheio a úlcera dos tempos modernos: a falta de sensibilidade de boa parte dos seres humano para com o outro, além de a efemeridade do áudio visual aliado à sua orgia transmitida de forma enlatada pela televisão.

O homem, a cada dia mais egoísta, mais egocêntrico, e, por isso, não consegue enxergar com os verdadeiros olhos os detalhes e as belezas das coisas simples da vida. As informações chegam a todo instante e a toda hora, não dando espaço para absorvermos todo esse catatau de forma proveitosa.

O escritor português José Saramago, depoente no filme, observa o lado físico do olho. Em seu comentário, Saramago diz que, se o homem tivesse uma visão tão apurada quanto a de um falcão, este gostaria menos de coisas vistas com olhos comuns tidas como singelas. O escritor completa, e faz uma analogia com a pele de uma mulher, por exemplo. Esta, a primeira vista, tão lisa e delicada. Mas se usarmos uma lente de aumento, imitando a visão do falcão, é possível ver diversas imperfeições, orifícios e pêlos; detalhes que tornariam uma donzela bem menos agradável aos olhos de um homem viril.

Entre os 19 depoimentos abordados no documentário, um tema em comum: diferentes níveis de miopia, que são explicados também de formas distintas, mas com ricas contribuições ao nosso intelecto. Isso não só pelo fato de advirem de personalidades, e sim por tornar essas mesmas pessoas cidadãos comuns diante de suas deficiências, e, acima de tudo, reféns destas.

Outro destaque vai para o relato do cineasta Alemão Win Wenders, conhecido por dirigir o documentário sobre a banda cubana Buena Vista Social Club. Wenders revela a abundancia de coisas ao nosso redor, que por falta de tempo, ou desinteresse, deixamos passar despercebidas todos os dias. Mesmo assim, a produção, quer seja midiática ou cultural, é contínua, e segue inchando e poluindo nossos olhos e ouvidos.

O cineasta ainda revela sobre o seu costume do uso dos óculos, e assume que não consegue mais conviver sem eles. Ele diz já ter tentado usar lentes, mas que não se adaptou. “Sinto que sem os óculos vejo demais, não quero ver tanto, prefiro ver as coisas de forma mais contida.”

A cada final de entrevistas, Walter Carvalho buscou fotografar imagens que repensam o ato de ver, ou mesmo ressaltam um sentimento existente naquele momento. Esse é o sentido do primeiro plano do filme. As imagens sem foco, que saem da tela preta, surgem aos poucos até entendermos que se trata de uma fogueira sendo consumida em meio à escuridão. Essa imagem remete à alegoria da Caverna de Platão, ou seja, o retrato de uma sociedade a qual pessoas permanecem presas pela ignorância, e na ilusão de um mundo distante da verdadeira realidade.

Sinopse - Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a importância das emoções como elemento transformador da realidade ­ se é que ela é a mesma para todos.

Saiba Mais: "A Janela da Alma"

29 outubro, 2008

JORNALISTA? TEM CERTEZA?

Wagner Ferreira

Exercer a profissão de jornalista não é coisa fácil em nenhum lugar do mundo, na Bahia que o diga. Esta área de atuação cada vez mais concorrida não é remunerada da forma devida, dando espaço para empresas que necessitam dos serviços das Assessorias de Imprensa a suprirem esta lacuna.

É fato que a grande maioria dos jornalistas recém formados não encontrará vagas dentro dos grandes veículos de imprensa existentes no estado, seja ele de Rádio, TV, Impresso, ou On-line. Este último, ao mesmo tempo em que abre espaço para o jornalismo participativo amador, com o advento das novas tecnologias digitais que permitem a interação com o leitor, abre também o leque de atuação para jornalistas profissionais, já que o Jornalismo On-Line ameaça extinguir o Impresso.

Voltando às Assessorias de Imprensa, principais responsáveis pelo volume de vagas para os profissionais de Jornalismos e áreas afins da Comunicação, elas têm uma importância de mercado tão grande que nos últimos anos vêm influenciando a construção das grades dos cursos de Jornalismo.

Em Salvador, na Faculdade da Cidade, por exemplo, na concepção das disciplinas do curso de Jornalismo é notório seu direcionamento para formar não o Jornalista redator, o qual possa sair da escola apto para lidar com notícias, fatos e informações diversas; emitir opiniões e discutir assuntos inerente à sociedade e seus acontecimentos, mas sim formar um assessor de imprensa nato o qual será absorvido rapidamente pelas inúmeras empresas de comunicação.

Disciplinas como Empreendedorismo, e a própria Assessoria de Imprensa, dão noções importantes de como ser um empreendedor, e não só empregado, bem como saber lidar com crises dentro da empresa e fazer para contorná-las, buscando amenizar ao máximo a imagem de seu assessorado.

Mas estes mesmos ensinamentos podem moldar a cabeça daqueles com menos discernimento, tornando confuso pra ele qual a missão da empresa para qual presta serviço. Valorizá-la e defendê-la é importante, afinal este é o ofício do jornalista naquele momento, mas se deve ter cuidado com o jargão “vestir a camisa”, pois ao invés da camisa, o assessor pode estar tatuando na própria pele princípios e interesses que contradizem seus valores éticos e morais, indo de encontro com sua própria história de vida.

O risco é grande, e pode de certa forma desvirtuar a mente dos menos preparados intelectualmente, levando-o a achar que o principal papel do jornalista não é o de ser a caixa de ressonância de uma sociedade heterogênea, constituída por inúmeros valores e interesses, mas o de ser “advogado do Diabo”, o qual irá defender uma causa nem sempre justa; a causa do patrão.

Não estou levantando a bandeira em prol da crucificação do assessor de imprensa, mas é sempre válido bater na tecla de que a atuação do jornalista é feita 24h por dia, como uma professora minha havia me dito em sala de aula. E aposto que a maioria dos professores de Jornalismo em suas aulas também, buscando assim atiçar o espírito da profissão dentro dos ainda confusos.
Sendo assim, entendo que o assessor de imprensa é só uma condição, e não um estado de espírito.

Só para reforçar, recentemente o jornalista e então assessor de imprensa, Josias Pires, que assessorava o deputado federal e candidato derrotado à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro, em palestra na Faculdade da Cidade, indagado por uma estudante sobre a dualidade imposta pela sua condição de assessor responde: “o assessor de imprensa não atua como um jornalista deve atuar, não cumpre corretamente as obrigações éticas impostas pela profissão, mas utiliza de técnicas para a construção das notícias atuando como assessor”.

É sabido que o jornalista, o qual por “síndrome de ética”, rejeite atuar como assessor de imprensa, morrerá de fome. Mas que este não se deixe inebriar pelos princípios de Taylor, ou pela “desinteligência emocional”, que se mal absorvida fará que este seja levado pela necessidade do mercado, e esqueça de seus princípios éticos, passando de um profissional respeitado dentro das redações a um defensor de executivos engravatados.

Leia mais: A COMUNICAÇÃO QUE FORTALECE AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS MAIS O TERCEIRO SETOR

25 setembro, 2008

QUEREM INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA, ENTÃO QUE SE INTERNACIONALIZE O MUNDO

Wagner Ferreira

Durante o State of the World Fórum, evento que reúne desde 1994 representantes de diversos países para discutir ações de cunho social e ambiental no mundo, o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foi questionado por um estudante americano numa edição do evento realizada em setembro de 2000 em Nova Iorque.

O ianque perguntou o que pensava o representante do Brasil sobre a internacionalização da Amazônia. O jovem disse que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Cristovam Buarque respondeu com tanta sabedoria que não deu direito à tréplica por parte do perguntador, encerrando a discussão sobre aquele assunto naquele momento.

Assista ao vídeo que foi exibido em uma palestra na The University of Texas - Pan American, em novembro de 2007, e veja a resposta de Buarque. Esta mesma declaração está no livro "100 Discursos Históricos Brasileiros" de Carlos Figueiredo.

15 setembro, 2008

FTC TRAZ EDITORA DA FOLHA ON LINE A SALVADOR

Integrando o projeto Imprensa em Dia, acontece no dia 20 de setembro na FTC Salvador/ Paralela (ver mapa), das 9h às 13h, a palestra com a jornalista Ligia Braslauskas.

Editora de Jornalismo On Line da Folha de São Paulo, Ligia promete abordar diversos temas de interesse da Imprensa, dentre outros: o processo de implantação do sistema digital na Folha; o processo de coleta e atualização das informações; relação com agências de notícias nacionais e internacionais; material produzido para o jornalismo on line e para jornal impresso: formas de remuneração; a interação com o UOL. Após a apresentação será aberto debate com jornalistas.

Inscrições–
Alunos e demais interessados no evento devem enviar seus dados através do imprensa@ftc.br para que seja feita a inscrição. Para estudantes, a palestra poderá servir como atividade complementar à sua graduação, já que todos inscritos receberão certificado.

Ainda na ocasião, será feita a entrega do Certificado de Conclusão do Curso Jornalismo Digital, promovido pela Rede de Ensino FTC para atualização dos profissionais de imprensa.

10 setembro, 2008

A ANTIGA RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E O MAR

Wagner Ferreira

A exposição fotográfica Mar de Homens, exibida no espaço Caixa Cultural em Salvador, aberta ao público até o dia 07 deste mês, mostrou a relação do mar e o homem que vive na costa brasileira, e a utiliza como forma de sobrevivência através da pesca. As fotos foram tiradas ao longo de oito anos de pesquisas feita pelo geógrafo de formação, Roberto Linsker.

Num mapeamento de todo litoral do Brasil, o fotógrafo registrou costumes e hábitos antigos usados na atividade pesqueira, ressaltando a importância desse universo de coisas simples que acontecem à beira-mar.

Quem teve a oportunidade de visitar a exposição, e não se atentou à detalhes, dificilmente soube precisar as datas das fotografias – fotografadas de 1997 a 2004 - todas em preto em branco, e fotografadas com câmeras analógicas. Roberto Linsker utilizou de técnicas antigas do fotojornalismo para que o colorido do nosso litoral não ofuscasse especificidades por ele passada nos registros.

Antes, a mostra passou por Brasília e Rio de Janeiro. Na Bahia, ela faz parte da 3º edição do A gosto da fotografia, evento que promove exposições, palestras e cursos sobre fotografia, além de contemplar o maior número de exposições simultâneas em Salvador e mais nove cidades do estado.

Mais Trabalhos de Roberto Linsker www.terravirgem.com.br