14 maio, 2010

A PONTE QUE FALTAVA NO FOSSO CRIADO POR DESCARTES: A SUBJETIVIDADE

Verificação como validação da ciência foi mal interpretada por cientistas


No Discurso sobre o Método, Rene Descartes procurou combater a justificativa católica da Escolásticagrupo de disciplinas que predominou na Europa da Idade Média entre os Séculos
IX e XVI. Descartes buscou
separar a ciência, naquela época atrelada à religião e acabou criando sem se dar conta, um fosso enorme que separou as ciencias exatas e sociais. Sua teoria propos “iluminar” as mentes obscuras da época; daí o nome Iluminismo. O período marcou o fim da Idade Média e o começo da Moderna. Naquela época, muitos historiadores classificaram a Idade Medieval como a mais escura de todos os tempos, inclusive no que dizia respeito às opiniões divergentes aos preceitos cristãos. "Não encontramos nenhuma coisa sobre a qual não se dispute, só as matemáticas demonstram o que afirmam.” (Discurso do Método, 2009). Pensamento limitado o de observar a ciência com uma visão única de mundo, excluindo ideologias e reforçando somente uma teoria como verdadeira.

Todas as ciências são ciência

René Descartes não teve a intenção de minimizar a importância das ciências consideradas sociais como filosofia, sociologia, teologia, entre outras, devido às idéias lançadas na criação do Discurso
sobre o Método no Século XVI. A importância da verificação sugerida pelo pensador francês foi oportuna para a época, quando o curandeirismo e a magia eram sinônimos de charlatanismo. O propósito serviu para que cientistas da Física, Matemática e da Biologia promovessem as suas ciências à categoria de única verificadora de tudo que levantasse dúvida no planeta. Sendo assim, esses cientistas se beneficiariam mais tarde, apesar de Descartes não tirar a validade da literatura, as artes e a filosofia e sim citar em seu Discurso como uma de suas referências em seu estudo. O modelo que é ensinado até os dias atuais nas escolas do mundo, constitui-se por um

sistema de verificação exaustiva, o qual valida tudo que pudesse ser aplicado, ou seja, capaz de funcionar em um modelo de falhas e acertos dentro do esperado pelo cientista.

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