Não foi somente o leão que derrotou o Timão, foi o gabiru que atropelou o engravatado, a carroça que ultrapassou a BMW, a casa de pau-a-pique que soterrou o arranha céu.
Foi a cacimba que inundou a piscina, a farinha que digeriu o escargot, a verminose ganhou da enxaqueca, o barro que sujou o asfalto, a pinga que embebedou o uísque, o fumo de rolo que enfumaçou o charuto cubano.
Foi a cacimba que inundou a piscina, a farinha que digeriu o escargot, a verminose ganhou da enxaqueca, o barro que sujou o asfalto, a pinga que embebedou o uísque, o fumo de rolo que enfumaçou o charuto cubano.
O carro-de-boi voou mais alto que o helicóptero e o Learjet, a rádio AM falou mais alto que a Vênus Platinada, o tatu mordeu o shintzu, a renda emaranhou a seda, a rapadura amargou o petit gateu, a sandália de couro pisou no scarpin.
Mas que o titulo, o triunfo, o triunfo do Sport sobre o Corinthians representou a vitória do Nordeste sofrido, faminto e tripudiado sobre o Sul Maravilha, a prepotência do já-ganhou.
A voz constrangida de Cleber Machado anunciando o título rubro-negro como se estivesse narrando um enterro diz tudo. “Cazá, cazá, cazá, a turma é da boa, é mesmo da fuzarca, Sport, Sport, Sport!”
A voz constrangida de Cleber Machado anunciando o título rubro-negro como se estivesse narrando um enterro diz tudo. “Cazá, cazá, cazá, a turma é da boa, é mesmo da fuzarca, Sport, Sport, Sport!”
Texto publicado em A Tarde no dia 17 de junho de 2008, na coluna Megafone por Duda Sampaio de Lauro de Freitas (Ba).
Nenhum comentário:
Postar um comentário