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23 setembro, 2015

QUANTO PIOR MELHOR

Por mais que os banqueiros continuem lucrando com a crise, o PT não tenha equilibrado as contas e resista a reduzir ministérios - medida esta que, por motivos políticos óbvios, tornaria o governo, já sem musculatura, ainda mais frágil, pois haveria de tomar cargos dados a partidos aliados forçando-os a se voltarem contra o Planalto - a presença de servidores do judiciário durante a votação dos vetos da presidente, terça-feira (22), no Congresso Nacional, a fim de pressionar a derrubada dos vetos que aumentam o salário dos servidores, por mais que seja legítimo do ponto de vista da democracia, é mesquinho e vergonhoso diante da crise instalada e da necessidade de corte de dívidas.

Em julho deste ano, foi aprovado pela Câmara e no Senado aumentos que variam de 53% a 78,56% para os servidores do Poder Judiciário. De acordo com o Ministério do Planejamento, atualmente, 117,5 mil servidores, entre ativos e inativos, serão contemplados pela proposta. 

O custo total do reajuste acumulado de 2015 a 2018 será de R$ 25,7 bilhões.
Após 2018, o custo adicional seria de R$ 10,5 bi por ano. Entre 2005 e 2008, todas as carreiras do Judiciário tiveram suas remunerações reajustadas em percentuais próximos a 60%. Ainda segundo o Ministério, entre 2009 e 2012, não houve reajuste, mas a partir da negociação salarial de 2012, as carreiras do Judiciário foram contempladas com o índice de 15,8%, pagos em três parcelas anuais, de 2013 a 2015.



Diante destes números, o grupo que representa a categoria dos servidores do judiciário nesta sessão, leva consigo a máxima do "farinha pouca meu pirão primeiro" e que dane-se o resto. Uma visão imediatista da situação, pouco diferente do que fez a oposição ao aprovar os aumentos vetados por Dilma.
Se os servidores reclamam de salário o quê dizer dos professores? Dos policiais/bombeiros, médicos e agentes de saúde? Profissões igualmente importantes, mas de impacto mais imediato no serviço à população.

Uma classe instruída como a dos servidores do Judiciário, deveria dar sua parcela de colaboração com o país e, por hora, adiar seus interesses imediatos, para que, lá na frente, com a crise superada, poder apontar o dedo e cobrar àqueles que verdadeiramente contribuíram com a quebradeira nacional.

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